Blog “História do Ensino
Superior Brasileiro”, de autoria de Álaze Gabriel. Disponível em http://www.historiadoensinosuperiorbrasileiro.blogspot.com.br/
O QUE É O REUNI
A expansão da educação superior conta com o
Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades
Federais (Reuni), que tem como principal objetivo ampliar o acesso e a
permanência na educação superior.
Com o Reuni, o governo federal adotou uma série de
medidas para retomar o crescimento do ensino superior público, criando condições
para que as universidades federais promovam a expansão física, acadêmica e
pedagógica da rede federal de educação superior. Os efeitos da iniciativa podem
ser percebidos pelos expressivos números da expansão, iniciada em 2003 e com
previsão de conclusão até 2012.
As ações do programa contemplam o aumento de vagas
nos cursos de graduação, a ampliação da oferta de cursos noturnos, a promoção
de inovações pedagógicas e o combate à evasão, entre outras metas que têm o
propósito de diminuir as desigualdades sociais no país.
O Reuni foi instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24
de abril de 2007, e é uma das ações que integram o Plano de Desenvolvimento da
Educação (PDE).
Veja mais:
Conheça
o Mapa da
Expansão das Universidades e Institutos Federais.
Eis a seguir alguns exemplos dos
benefícios do REUNI para as IES públicas federais brasileiras. Vale ressaltar
que o Programa REUNI atua de maneira padrão em todas as IES federais
brasileiras. Logo, o que for mencionado a seguir sobre a UFMG, UFSCar e UFLA é
padrão para todas as demais.
REUNI
NA UFMG
O
Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades
Federais – REUNI, lançado pelo Governo Federal, tem o objetivo de expandir, de
forma significativa (conheça a proposta neste site), as vagas para estudantes
de graduação no sistema federal de ensino superior. O REUNI visa “dotar as
universidades federais das condições necessárias para ampliação do acesso e
permanência na educação superior”. Em razão da insuficiência da oferta de
vagas, em termos quantitativos, pelo sistema federal de ensino superior, as
propostas que visem a correção deste cenário devem ser analisadas. Também é
preciso estar atento qualquer procedimento que traga consigo modificações de
largo alcance, afim de garantir o patamar de excelência, alcançado pelas universidades
federais brasileiras ao longo das últimas décadas.
A
proposta deste sítio é estimular o debate sobre o Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais do Governo Federal, além
reunir colaborações e assegurar o acesso a todos os interessados ao projeto
proposto pela Reitoria da Universidade para que a UFMG participe do REUNI,
documento que, antes de ser submetido à aprovação do Conselho Universitário,
vem sendo apresentado e discutido largamente junto às Unidades Acadêmicas da
UFMG, em suas mais diversas instâncias de representação e decisão.
O documento
final, enviado pela UFMG ao MEC, pode ser consultado, dividido em capítulos,
aqui neste site. Se preferir, faça o download do arquivo completo (85 páginas,
formato PDF, 453KB).
REUNI
NA UFSCAR
Com o objetivo de gerir a Universidade de
forma planejada, participativa e sustentável, a administração superior da UFSCar, na gestão do ano 2000 ao ano 2004,
propôs ao seu Conselho Universitário (ConsUni), ainda em março de 2002, o
processo de construção de um Plano
de Desenvolvimento Institucional (PDI).
A
proposta da UFSCar para o REUNI não contemplou exatamente uma
reordenação das suas estruturas de gestão, mas sim a continuidade na
implementação das medidas de aperfeiçoamento da estrutura organizacional
existentes no seu PDI. Com a aprovação
da Proposta
de Adesão da UFSCar ao programa pôde-se
consolidar essa perspectiva de desenvolvimento, buscando sempre combinar excelência acadêmica, compromisso social e gestão universitária
democrática.
Como exemplo, citaremos a seguir algumas
diretrizes específicas do PDI relativas aos aspectos acadêmicos que remetem a
ideias do REUNI:
·
Ampliar
de forma planejada e sustentável o número de vagas e cursos de graduação,
pós-graduação e extensão, em consonância com
o projeto acadêmico, a excelência e o caráter inovador dos cursos da UFSCar.
·
Buscar
o pleno aproveitamento da capacidade já instalada na UFSCar na ampliação do acesso à
Universidade.
·
Priorizar a
ampliação dos cursos noturnos.
·
Desenvolver e
apoiar ações que ampliem as oportunidades de acesso e permanência dos
estudantes na universidade e contribuam com
o enfrentamento da exclusão social.
·
Implantar ações
voltadas para a melhoria dos processos de ensinar e aprender.
·
Fortalecer as
coordenações de modo a facilitar sua ação e garantir maior envolvimento com
a promoção da qualidade, do aprimoramento constante e da inovação dos cursos de
graduação e pós-graduação da UFSCar.
Os
indicadores para as duas metas estabelecidas pelo REUNI são respectivamente a TCG (taxa de
conclusão média de cursos de graduação) e a RAP (relação de alunos de graduação
em cursos presenciais por professor).
No
projeto apreciado pela Secretaria de Ensino Superior (SESu/MEC) em março de
2008, já se estimava a TCG em um valor próximo dos 90% para a UFSCAR. Para o cálculo da RAP na UFSCar, foram consideradas as contratações
de 104 docentes relativos à primeira fase de expansão, denominada de interiorização,
bem como uma dedução de 293 docentes
devidos às atividades de pós-graduação. Dessa forma, a estimativa da RAP
apontava um valor igual a 16,5.
REUNI NA UFLA
Comprometida com a excelência no ensino, na pesquisa
e na extensão, tem como objetivos, promover o ensino de graduação e de
pós-graduação, bem como a pesquisa e a extensão universitária, além de
desenvolver as ciências, as letras, as artes, o esporte e a saúde e também
prestar serviços técnicos especializados à comunidade. Conforme dados
fundamentados no ano de 2006, a Universidade Federal de Lavras – UFLA ofereceu
620 vagas no ano-2006 nos seus 10 cursos de graduação, sendo 80 vagas para o
curso de Agronomia, 30 para Administração e 25 vagas para os cursos de Ciências
Biológicas, Ciência da Computação, Engenharia Agrícola, Engenharia de
Alimentos, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária, Química (Licenciatura) e
Zootecnia. Na pós-graduação stricto sensu, ofereceu 17 cursos de mestrado
sendo, Administração, Agroquímica e Agrobioquímica, Ciência dos Alimentos,
Ciências Veterinárias, Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal, Entomologia,
Estatística e Experimentação Agropecuária, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia,
Fitotecnia, Genética e Melhoramento de Plantas, Microbiologia Agrícola, Solos e
Nutrição de Plantas, Zootecnia, Ecologia Aplicada e Biotecnologia Vegetal, e 14
cursos de doutorado sendo, Administração, Agroquímica e Agrobioquímica, Ciência
dos Alimentos, Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal, Entomologia,
Estatística e Experimentação Agropecuária, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia,
Fitotecnia, Genética e Melhoramento de Plantas, Microbiologia Agrícola, Solos e
Nutrição de Plantas e Zootecnia. Na pós-graduação lato sensu, ofereceu dois
cursos de especialização presenciais e 62 cursos de especialização
semi-presenciais, além de um curso de aperfeiçoamento semipresencial.
Acrescenta-se ainda, na modalidade extensão, a
oferta de 30 cursos de qualificação profissional semi-presenciais. A execução
acadêmica das atividades pertinentes aos cursos mencionados fica a cargo de 16
Departamentos Didático- Científicos, sendo Administração e Economia,
Agricultura, Biologia, Ciência dos Alimentos, Ciências Exatas, Ciências
Florestais, Ciência do Solo, Ciência da Computação, Educação, Engenharia,
Entomologia, Fitopatologia, Medicina Veterinária, Química e Zootecnia. A
UFLA/2008 em termos de Infra-estrutura possui 160 laboratórios de ensino e de
prestação de serviços, mais de 65 salas de aula, 22 anfiteatros, pomar com
viveiros, uma Biblioteca Central com um acervo de cerca de 67.000 volumes, além
de 2.500 títulos de periódicos, 8.700 folhetos técnicos, 9 bases de
dados em CD-ROM e cerca de 800 filmes em
vídeo, dezenas de casas de vegetação e instalações agropecuárias e florestais,
usina de beneficiamento de sementes, fábrica de ração, hospital veterinário de
pequenos animais, estação meteorológica, estação de tratamento de água, horto
de plantas medicinais, centro de convenções, agência de correio e postos
bancários. Além do campus, a UFLA possui. por meio de interveniência da Fundação
de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (FAEPE), uma fazenda experimental a 5
km de Lavras, no município de Ijaci, que compõem a infra-estrutura de apoio ao ensino,
à pesquisa, à extensão e à difusão de tecnologia. A UFLA apóia toda a região, principalmente
com assessoria em todas as áreas do agronegócio, além de análises de sementes,
foliar, de fertilidade de solos, de fertilizantes e corretivos, de água, de aguardente,
de alimentos de origem vegetal, animal e derivados. Aos 99 anos de existência a
UFLA se destaca em todos os indicadores de qualidade e de produção no ensino,
na pesquisa, na extensão e na prestação de serviços. A pesquisa é também destaque
na Universidade, tendo em vista o desenvolvimento, atualmente, de mais de 1000
projetos financiados por empresas públicas e privadas e por organismos internacionais.
Soma-se a isso o fato de que, através de mais de 1.500 convênios com empresas
públicas, privadas, governos municipal, estadual e federal, a UFLA propicia aos
estudantes de graduação ótimas oportunidades de estágios e trabalhos de extensão,
fundamentais na aprendizagem de seus estudantes.
As atividades e ensino superior na UFLA se destaca
no cenário nacional pela alta qualificação de seu corpo docente. Dos 359
docentes atualmente 78,8% são doutores e, destes, 10,7% já tem treinamento em
nível de pós-doutorado. Os mestres representam 19,02%, os especialistas 1,09% e
apenas outros 1,09% tem somente graduação. Além disso, apenas um docente da
UFLA não é contratado sob regime de dedicação exclusiva. No banco de
professores equivalentes, a UFLA conta com um teto de 556 professores
equivalentes, estabelecido em julho de 2007. Este cenário vem propiciando a
UFLA uma graduação e uma pós-graduação de alto índices de eficiência. O quadro de
servidores técnicos administrativos da UFLA, é constituído por 337 servidores, sendo
aproximadamente, 59 com nível superior (17,5%) e os demais de nível intermediário
ou auxiliar. No primeiro semestre de 2008, a UFLA possui aproximadamente um
total de 4396 alunos sendo 3131 alunos de graduação, sendo 40,4% do sexo
feminino e um total de 1321 alunos de pós-graduação, sendo 50,1% do sexo
feminino .
PLANO DO REUNI
da UFLA
A instituição completou em 2008 cem anos, sendo que
até 1993 era reconhecida como a Escola Superior de Agricultura de Lavras
(ESAL). Em 1994 foi transformada em Universidade Federal de Lavras, à época com
sete cursos de graduação, todos da área de ciências agrárias. Desde o ano de
2001 a UFLA tem passado por grandes modificações no ensino de graduação, com
ampliação para outras áreas de conhecimento e também pelo estabelecimento dos
Projetos Pedagógicos de Curso (PPC). Nesse contexto foi discutida e efetivada
na UFLA uma reforma curricular em todos os cursos de graduação, iniciada em
2003 e atualmente em fase de finalização.
Tais ações vêm permitindo a mudança de paradigmas
educacionais na instituição e a flexibilização da estrutura curricular, à luz
das diretrizes aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação. Assim, uma nova
dinâmica para o processo ensino-aprendizagem está sendo construída, sempre
considerando o estado da instituição e a cadência na construção de uma nova
cultura na comunidade acadêmica. A partir desse estado a proposta apresentada
no edital REUNI consiste em três grandes eixos: o aprofundamento da
flexibilização curricular e das inovações pedagógicas; a ampliação da oferta de
vagas em cursos estabelecidos; e a criação de novos cursos de graduação.
As ações para aprofundamento da flexibilização
curricular e das inovações pedagógicas são apresentadas no projeto e
consistirão da revisão dos currículos dos cursos e do estabelecimento do
chamado "núcleo fundamental comum" aos cursos de graduação. A criação
desse núcleo objetiva preparar os estudantes da UFLA em áreas fundamentais para
o crescimento humanístico, social e profissional. A idéia, que deve ser alvo de
intensa discussão dentro dos próximos seis meses, é que o núcleo seja definido
e estabelecido no Projeto Pedagógico Institucional, de maneira que conteúdos disciplinares
fundamentais como ética e cidadania, comunicação e expressão, língua estrangeira,
fundamentos essenciais nas áreas das Ciências Exatas e da Terra e das Ciências
da Vida, sejam comuns a todos os cursos da UFLA. Pretende-se também reorganizar
os currículos de maneira que os conteúdos curriculares comuns a todos os cursos
ou então grupos de cursos sejam aglutinados de tal maneira que possibilite a otimização
de estrutura física e de pessoal e possibilite a interação entre estudantes.
Ainda, espera-se a sedimentação de uma estrutura
acadêmica que possibilite a implantação efetiva da prática da interdisciplinaridade
e aumente a flexibilidade, pontos fundamentais de currículos contemporâneos. O
estabelecimento desse sistema poderá ser uma base para futuras modificações
para os bacharelados em grandes áreas do conhecimento. Nos cursos de graduação
já estabelecidos, em 2006 ofertaram 630 vagas e em 2007 foram ofertadas 820
vagas , haverá um expansão de mais 660 vagas, entre os anos de 2008 a 2012 em
relação as vagas ofertas no ano de 2007 correspondendo a um aumento de
80% ou seja durante o período de 2008 a 2012 deverão ser acrescidas um total de
1140 novas matriculas e relação ao ano de 2007 na UFLA em função do REUNI.
Estas expansões serão acompanhadas de diversas modificações estruturais
(melhorias e expansão das infra-estruturas ), de recursos humanos e
pedagógicas, como explicitado no projeto. Além da ampliação da oferta de vagas
nos cursos estabelecidos serão criados dez cursos novos de graduação, com uma
oferta total, ao longo de cinco anos, de 1045 vagas. Esses cursos representam várias
áreas do conhecimento e contribuirão para o amadurecimento da pluralidade na UFLA.
Dentre esses cursos sete serão ofertados no período noturno, o que permitirá o aumento
de eficiência no uso da estrutura da universidade e a ampliação da relação com diferentes
segmentos da sociedade. Todo o processo de reestruturação e expansão do ensino
superior na UFLA será acompanhado pela ampliação dos recursos humanos,
adequação de infra-estrutura, renovação de práticas pedagógicas e convergência
das ações de extensão, pós-graduação, pesquisa e assistência estudantil para a
consecução da proposta.
DIAGNÓSTICO DA
SITUAÇÃO ATUAL DA UFLA
Em 1994, com a transformação da Escola Superior de
Agricultura de Lavras em universidade, a demanda regional e a decisão da comunidade
universitária em transformar a nova universidade, nascida basicamente de uma
escola de ciências agrárias em uma universidade plural, levou ‘a concentração
de esforços para a ampliação de estruturas como construção de salas de aulas,
laboratórios e de pessoal para a criação de novos cursos. É importante
ressaltar que este crescimento foi projetado sem perder de vista a qualidade de
ensino que sempre norteou o crescimento desta instituição. Esse crescimento,
oriundo de um planejamento estratégico da UFLA e independente do compromisso de
apoio do governo federal, gerou a criação dos cursos de Medicina Veterinária em
1994, de Ciência da Computação em 1997 e dos cursos de Ciências Biológicas,
Licenciatura em Química e Engenharia de Alimentos em 2003.
A partir de então, a Universidade Federal de Lavras
passou a contar com dez cursos de graduação ofertados no período diurno, com
entradas semestrais, totalizando 620 vagas anuais distribuídas conforme Quadro
1. Com a possibilidade de expansão pelo REUNI, e considerando a infra-estrutura
física e de pessoal da universidade e a forte demanda por alguns cursos já
existentes, decidiu-se pelo aumento de vagas para os cursos de Medicina
Veterinária, Zootecnia, Ciências Biológicas, Agronomia, Ciência da Computação e
Administração, e pela criação dos cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia de
Automação e Nutrição* no período diurno e para o necessário aproveitamento das
estruturas físicas das universidade, e pela oportunidade de diversificação das
áreas de conhecimento e pela carência da sociedade para a formação de
professores, justifica-se a criação dos cursos de Bacharelado em Educação
Física e Esportes, Direito, Jornalismo*, Sistema de Informação e as
licenciaturas em Matemática, Educação
Física e Física. Esses cursos serão ofertados* no período noturno abrindo novas
oportunidades para a sociedade, principalmente no entorno da universidade, e
otimizando a utilização da estrutura da UFLA.
A proposta de expansão da graduação da UFLA será
gradativa, considerando o cronograma de liberação de recursos para pessoal e
custeio. Para o primeiro semestre de 2008 estão previstas aumento de vagas nos
cursos de Agronomia, Ciência da Computação e Administração e a consolidação da
implantação dos cursos de Licenciatura em Matemática, Licenciatura em Educação
Física e Sistemas de Informação. Para o segundo semestre de 2008 estão
previstos os cursos de Licenciatura em Física e Bacharelado em Educação Física
e Esportes, bem como a implantação do núcleo fundamental comum e da
reorganização dos currículos já existentes. Para o primeiro semestre de 2009
está previsto o aumento de vagas nos cursos de Medicina Veterinária, Ciências
Biológicas e Zootecnia. Para o segundo semestre de 2009, está prevista a
criação dos cursos de Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Ambiental
e Nutrição. Para o segundo semestre de 2010 está prevista a criação dos cursos
de Jornalismo e Direito. Para dar suporte a este cronograma de implantação e
considerando a liberação dos recursos para pessoal e custeio a cada ano, serão
contratados em 2008, 20 docentes, 10 servidores de nível superior e 14
servidores de nível intermediário. Em 2009, serão contratados 53 docentes, 15
técnicos de nível superior e 16 técnicos de nível intermediário. Em 2010, serão
contratados 61 docentes, 15 servidores de nível superior e 15 servidores de
nível intermediário. Em 2011, serão contratados 62 docentes e 45 tecnicos de
nível intermediário. Finalmente, em 2012, serão contratados 29 docentes e 39
técnicos de nível intermediário.
A partir de 2003 os currículos dos cursos de
graduação da UFLA são flexibilizados de modo a possibilitar direcionamento da
formação do estudante segundo suas aptidões, no âmbito de cada curso. Os
currículos são organizados e seqüenciados pelo sistema de pré-requisitos e os
estudantes devem cumprir exigências mínimas em disciplinas obrigatórias,
eletivas, outras atividades, estágio e trabalho de conclusão de curso. A
mobilidade entre os cursos na Universidade é possível, mas condicionada a existência
de vagas e aprovação em seleção entre os alunos da UFLA. Existem normas
específicas para o aproveitamento de disciplinas que induzem vantagens para a mobilidade
entre cursos afins. A construção de núcleo fundamental comum a intensificação
da flexibilidade dos currículos, e a reformulação de regulamentos de pré-requisitos
e da mobilidade entre cursos, são pontos a serem discutidos no ambiente universitário
com objetivo de oferecer ao estudante maior oportunidade de mobilização para
titulação diferente daquela para a qual tinha optado no vestibular. Neste
conjunto de mudanças espera-se também possibilitar maior facilidade de acesso
para os alunos nos currículos dos diversos cursos, no sentido de flexibilizar
os itinerários formativos.
Os programas de assistência estudantil têm como
finalidade oferecer aos alunos oriundos de famílias de baixa renda, condições
de permanência e conclusão de curso, na perspectiva de inclusão social,
formação ampliada, produção de conhecimento, melhoria do desempenho acadêmico e
da qualidade de vida, por meio de apoio nas áreas de alimentação, moradia,
saúde e outras necessidades básicas. Permitem a redução dos índices de evasão e
retenção, o que ocorre quando os alunos permanecem na universidade mais tempo
do que o estabelecido, ocupando uma vaga que poderia ser destinada a outro
candidato. O acesso aos programas de assistência estudantil para alunos de
baixa renda envolve avaliação sócio-econômica de cada candidato, que é realizada
por profissionais das áreas social e humana. As medidas de proteção social que
a universidade tem implantado nos últimos anos estão intimamente ligadas à
baixa taxa de evasão média registrada (6,13%) nos cursos de graduação em 2006.
Essas políticas proporcionam um ambiente universitário propício ao
desenvolvimento humano e à mobilidade social.
Em 2006 contatou-se uma demanda de cerca de 60
projetos de extensão para concessão de bolsas, sendo que desses, 35 são
contemplados. Além da selação feita para a concessão dessas bolsas, durante o
Congresso de Extensão - CONEX são feitas avaliações e correção de rumos nos
programas e projetos de extensão. Como estratégia de se aumentar o interesse do
corpo docente e discente para as ações extensionistas, se procurará incentivar
(premiação, divulgação dos melhores trabalhos na TV e Rádio universitárias,
divulgação de editais de órgãos de fomento, etc.) a apresentação de projetos e
programas de extensão, para que em 2012 se chegue a oferecer 65 bolsas selecionadas
para os melhores dos 150 projetos/programas concorrentes. Com isso se aumentam
as oportunidades mas também a pressão de selação na busca da constante melhoria
da qualidade dos trabalhos de extensão.
O apóio institucional a ações empreendedoras é de
fundamental importância para a formação do discente, que em tempos de
dificuldades (mas também de oportunidades). A partir da institucionalização de
4 empresas juniores em 2008, com um público discente de 50 pessoas, buscar-se-á
a meta de pelo menos 10 empresas em 2012 com cerca de 200 discentes atendidos.
Essa expansão poderá ser alcançada com suporte técnico, físico, administrativo,
contábil e jurídico, bem como assessoria em pesquisa e desenvolvimento,
prestados por docentes e pelo pessoal técnico-administrativo da Pró-Reitoria de
Extensão (CODETS).
Os núcleos de estudos são organizações estudantis,
com apóio docente para trabalhos em áreas específicas do conhecimento
construído na universidade. Nesses núcleos o discente tem a oportunidade de se
especializar em áreas de seu interesse e que poderá lhe abrir oportunidades no
mercado de trabalho que buscar o profissional dotado de especialização em
determinado conhecimento. Pretende-se também nessa ação, a partir da
organização/institucionalização de 21 núcleos em 2008 (250 discentes), se chegar
a 60 núcleos com cerca de 1200 discentes em 2012. Essa expansão se torna necessária
em função do aumento planejado do número de cursos de graduação e poderá ser
possível com suporte técnico, físico, administrativo, contábil e jurídico, bem como
assessoria em pesquisa e desenvolvimento, prestados por docentes e pelo pessoal
técnico-administrativo da Pró-Reitoria de Extensão (CODETS).
Esse tipo de organização que se pretende apoiar, tem
grande ação social e comunitária junto a famílias carentes com necessidade de
inserção no mercado de trabalho. Pela orientação técnica e de organização
comunitária as famílias são qualificadas para inserção no mercado de trabalho,
comercializando seus produtos de forma cooperativa. Também neste caso é
necessário suporte técnico, físico, administrativo, contábil e jurídico, bem
como assessoria em pesquisa e desenvolvimento, prestados por docentes e pelo
pessoal técnico-administrativo da Pró-Reitoria de Extensão (CODETS).
A pós-graduação iniciou-se na UFLA em 1975 com a
criação dos cursos de mestrado em Fitotecnia e Administração Rural. Nestes 32
anos, novos cursos foram implantados e hoje a UFLA oferece 34 cursos, sendo 19
de mestrado e 15 de doutorado em cinco áreas de conhecimento, constituindo-se
numa "Universidade de Pesquisa" dentro dos indicadores internacionais
tendo já formado 2.990 mestres e 643 doutores para atuar em ensino e pesquisa,
contribuindo de maneira expressiva para o desenvolvimento científico e
tecnológico do Estado de Minas Gerais e do Brasil. De acordo com os dados apresentados
na QUADRO - 6, verifica-se que a UFLA conta com 248 docentes permanentes
cadastrados na CAPES e tem 997 alunos matriculados em cursos de pós-graduação Stricto
sensu, sendo 452 em cursos de doutorado e 545 em cursos de mestrado. O número
médio de alunos por docente permanente é de 4,02. No Brasil, de acordo com
informações da CAPES (www.capes.gov.br), a relação entre alunos de doutorado e
de mestrado é ½ (um aluno de doutorado para dois de mestrado). A UFLA tem hoje
número de alunos de doutorado pouco inferior ao número de alunos de mestrado,
indicando uma relação próxima de 1 (um), bem diferente daquela observada no
Brasil, indicando que a sua pós-graduação tem maior maturidade que a média brasileira.
Dentro de sua capacidade instalada em recursos
humanos e laboratórios disponíveis, existe potencial para implantar nos
próximos cinco anos onze novos cursos de pós-graduação, sendo sete de mestrado
nas áreas de Ciência da Computação, Educação Física, Matemática, Física,
Extensão Rural, Aqüicultura, Educação e quatro de doutorado, nas áreas de
Biotecnologia Vegetal, Ecologia Aplicada, Engenharia de Sistemas, Medicina
Veterinária. O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola deve implantar
também curso de doutorado nas Áreas de Concentração de Construções e Ambiência,
Máquinas e Automação Agrícola, Processamento de Produtos Agrícolas.
Esta perspectiva sinaliza que a gestão da
pós-graduação da UFLA está sintonizada no sentido de identificar e estimular as
vocações e competências dos diversos grupos de pesquisa da UFLA desenvolvendo
ações para a criação de novos cursos para atender às demandas da sociedade . O
novo curso de mestrado na área de Extensão Rural será focado na transferência e
apropriação do conhecimento científico voltado para pequenos produtores e
agricultura familiar, sintonizado com o Desenvolvimento
O conceito médio dos cursos de pós-graduação da UFLA
é de 4,12. Pretende- se aumentar a média em 10% elevando para 4,53 no próximo
triênio. Com a nova média de conceitos espera-se que a UFLA tenha pelo menos
dois programas com notas 6 na próxima avaliação que será realizada em 2010.
O REUNI, possivelmente propiciará a maior
transformação da instituição nos seus quase 100 anos de existência. Ao final do
programa a UFLA terá o dobro dos cursos de graduação hoje existentes, além do
relevante fato de inserção no turno noturno, antes inexistente. Propiciará
também a criação de mais três licenciaturas contemplando as áreas de
matemática, física e educação física que somando-se à já existente licenciatura
em química, vem constituir o grupo principal de formação de professores para o
ensino fundamental e médio, nas áreas onde hoje existe maior carência no país.
No caso da UFLA, tradicionalmente forte nas ciências da vida e nas ciências
exatas e da terra, há uma evolução com a criação do curso de Direito, área que
vem colaborar com o fortalecimento no campo das ciências humanas e sociais
aplicadas. Esse tripé de grandes áreas, após consolidados, pode possibilitar a
implementação de um modelo mais ousado de percurso formativo, evitando a
profissionalização precoce, permitindo que o estudante possa adquirir
conhecimentos de nível superior e se diplomar em grandes áreas gerais, sem
necessariamente cursar os conteúdos formativos que o levariam ao exercício de
uma profissão pré-definida. Esse modelo talvez seja o que mais possibilite a
interação da Universidade com as necessidades da sociedade, possibilitando
formar grande número de cidadões de espírito crítico diferenciado, o que é
fundamental para a transformação da realidade social do país. A grande tradição
e estruturação da UFLA nas áreas das Ciências Agrárias possibilita interações
entre cursos existentes e os que serão criados, podendo criar um diferencial
importante nos cursos. Como exemplo, cita-se a criação dos cursos de Direito e
Jornalismo que poderão ter um forte foco para a questão ambiental, interagindo
então com os cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia Florestal, Engenharia
Agrícola, Agronomia e Ciências Biológicas. A criação no núcleo fundamental
comum vem também possibilitar uma transformação importante no perfil da UFLA.
Pela própria característica dos cursos hoje existentes e também da estrutura
curricular vigente, por considerar a pouca interação entre os estudantes dos
diversos cursos, levando a um sentimento coletivo de segregação de áreas e
profissões, o que se reflete depois no mercado de trabalho. A junção de turmas
de alunos de cursos diversos em disciplinas comuns, poderia reforçar a
importância da interação entre profissões e o caráter complementar dos
profissionais na prestação de serviços à comunidade. Possibilita também apontar
aos estudantes e docentes a necessidade de conteúdos interdisciplinares,
quebrando o paradigma hoje existente de secção do conhecimento, hoje
extremamente praticado na universidade. A necessidade do cumprimento de metas
como a taxa de conclusão dos cursos de graduação acima de 90%, constitui em
responsabilidade de toda a comunidade da UFLA. Todos os segmentos do processo
terão que trabalhar em conjunto e certamente as técnicas pedagógicas, hoje
utilizadas, deverão ser atualizadas. Vislumbra-se uma modernização da maneira
de se abordar o ensino, o que hoje já é premente, haja vista a dificuldade de
se manter o estudante atual concentrado em sala de aula com o modelo pedagógico
tradicional. Em resumo, uma grande transformação da UFLA ocorrerá quantitativamente
e também qualitativamente, o que poderá refletir em mudanças necessárias na
postura e conduta docente, discente e de pessoal técnico-administrativo.
Finalmente é importante enfatizar que as mudanças e
o crescimento da UFLA imprimirá à sociedade de Lavras e região. Ao se aumenta significativamente
o número de docentes, discentes para 18:1 e técnicos da universidade gerará
também um impacto positivo na sociedade em termos comerciais, culturais e
principalmente ampliando as oportunidades para os cidadãos.